Naquele momento soube que era você

Fotografia encontrada no We Heart It

Estava sentada, nos bancos marrons do metrô lendo um livro. Aquela ventania que fazia lá dentro, fazendo meus cabelos voarem e atrapalharem minha visão completamente. Pensativa como sempre, estava misturando as palavras escritas no livro com os meus próprios pensamentos e parei. Respirei fundo e disse

— Calma, respira e não pira.

Retornei com a leitura mas... Fiquei pensando naquela noite em que saímos para um encontro, depois de quase 3 semanas conversando sem parar pelo celular, você me fazia rir e ao mesmo tempo me fazia ficar desconcertada. Você me convidou para sair e eu fiquei pensando duas vezes se eu deveria aceitar ou não. Não queria criar algum tipo de expectativa em relação a você, mas me permitir dar uma chance e aceitei. Era sexta-feira, lá pelas 18:30 da tarde, marcamos de se encontrar no metrô. Não estava nervosa, porém evitando de criar certas esperanças. Ao ver você, meu coração disparou demais e fiquei parada no meio da estação. Comecei a sorrir e você estava me procurando com os olhos. Ao me ver sorriu também — e que sorriso lindo. Me aproximei e você deu alguns passos até a mim e me abraçou. Senti seu coração disparar. Você me abraçou com tanta força e me causou uma calmaria sem explicação. Seu perfume era bom e quis perguntar qual você usava. No decorrer da noite, paramos para comer algum lanche dos food trucks que estavam por lá e você me fazendo rir sem parar. Tínhamos assunto para a noite toda, dos mais sem noções até os mais sérios. Ao terminar de comer, decidimos andar pela cidade e ficamos em silêncio. Senti você tocar minhas mãos e entrelaça-las nas suas. Um leve formigamento surgiu. Ficamos de mãos dadas, sorrisos sem graça, bochechas coradas. Caminhamos e conversamos. Senti aquela pontada de esperança sobre o que poderia acontecer. Conforme eu te olhava durante as conversas, fiquei admirando a sua beleza. Quando nossos olhos se encontravam, sentia um choque... Até que você parou na minha frente e começou a acariciar meus cabelos e depois meu rosto. Não consegui disfarçar o quanto eu fiquei sem jeito. Respirei fundo e fiquei te olhando de volta. Você disse.

— Olhe para o céu — olhamos para o céu ao mesmo tempo — veja como está estrelado.

— Sim, eu estou vendo — risos — bela observação.

Ele sorriu e a minha vontade de beijá-lo estava aumentando. Ele me abraçou novamente e desta vez foi mais carinhosamente. Andamos até o metrô, passamos pela catraca e descemos as escadas rolantes. Iriamos pegar o mesmo sentido e ficamos aguardando o trem chegar. O silêncio tomou conta. Me encostei na parede, estava começando a me sentir cansada. Você a uns dois passos distante de mim, começou a dizer o quanto gostou do nosso encontro. Conforme você ia dizendo coisas lindas para mim, você chegava cada vez mais perto. Mais uma vez, acariciou meu rosto, depois colocou uma das suas mãos na minha cintura, olhou nos meus olhos e depois para minha boca e sorriu. Coloquei meus braços em volta da sua cintura e você foi se aproximando e nos beijamos. O seu beijo foi inexplicável e senti um turbilhão de coisas... coisas boas.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular e ao ver o número não contive a alegria.

— Alô?

— Oi linda, como você está? — disse ele

— Ótima e você?

— Estou ótimo também, eu já chego ai em 3 minutos...

E eu disse ok. E depois desliguei. Fiquei sorrindo que nem uma boba, ansiosa pela sua chegada. Estávamos começando a viver os primeiros dias de muitos. E desde aquele primeiro encontro eu soube que é você.
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